Pesquisar neste blog

segunda-feira, maio 28, 2012

Siba

Siba
Avante!
Oi Futuro Ipanema
26/05/2012
 
 

Romance de Formação


O filme Romance de formação, de Julia De Simone, faz a gente pensar nesta pergunta de Caetano Veloso: "De que vale a vida se não respondemos ao escândalo que é existirmos com gestos igualmente extremos como a fé inabalável em Deus, a dedicação obsessiva a uma pessoa, uma arte, uma causa?". Com ângulos elegantes e montagem e tomadas inteligentes, o filme documenta a resposta, através da formação acadêmica, que quatro jovens dão a essa pergunta. Entre outras questões, os quatro mostram que é preciso paixão, daí o "romance" do título, para que a formação seja, além de acadêmica, uma realização da vida. No mais, tudo dói. E é por isso que é gostoso. Como isso para mim é viver, indico Romance de formação com louvor.

terça-feira, maio 15, 2012

Jussara Silveira

Jussara Silveira
Ame ou se Mande
Flor bailarina
Teatro Carlos Gomes
15/05/2012
 
Sacha Amback e Marcelo Costa

domingo, maio 13, 2012

As neves de Kilimanjaro

Nenhuma resenha que li sobre As neves de Kilimanjaro dá conta das nuances emocionais que o filme apresenta e desenvolve. O argumento central é fragmentado nos argumentos individuais que cada personagem utiliza para justificar suas ações, crenças e omissões. A expressão "somos burgueses, mas nem tanto", dita por Marie-Claire (acompanhante de uma velha) ao companheiro Michel (líder sindical) é a âncora para se pensar as culpabilidades nossas de cada dia, quando as lutas e as ascessões de classes borram as fronteiras que já definiram quem era vítima e quem era culpado. Inspirada no poema “Les pauvres gens”, de Victor Hugo, ao final, a cumplicidade terna e algo utópica do casal-eixo-narrativo de As neves de Kilimanjaro é a certeza pós-Romântica - para além do individualismo desenfreado - de que o amor é possível e muitos valores (signos) estão em circulação.

domingo, maio 06, 2012

Luz nas trevas

Luz nas trevas - a volta do bandido da luz vermelha é um filme pop, uma reinvenção livre e ousada do mito fílmico. Ney Matogrosso empresta corpo e dá alma a Jorge Prado entre a concisão e a soltura. Enquanto lê Nietzsche na cela da cadeia, o protagonista rever aquilo que ele foi e o modo como isso ainda se sustenta, entremeado pela herança ética e moral deixada ao filho. Tudo no bandido parece doer. As liberdades estéticas promovidas pela direção de Helena Ignez e Ícaro Martins engrandecem os mitemas em torno de Jorge Prado e inflamam novas percepções. O filme põe gás na luz sganzerliana.