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sábado, agosto 28, 2010

Marya Bravo e Rockz

Marya Bravo e Rockz
Ecos da Cidade
Sala Funarte Sidney Miller 27/08/2010

sexta-feira, agosto 20, 2010

Jorge Mautner

Jorge Mautner
Ecos da Cidade
Sala Funarte Sidney Miller 20/08/2010

Participação Leila Maria

quinta-feira, agosto 19, 2010

Extravaganza tropical

Depois de ser lançado como novidade/revelação, em geral, o artista (como qualquer profissional) precisa passar pela fase da (auto)afirmação. Foi assim, por exemplo, com Ney Matogrosso que, egresso do grupo Secos e molhados, se despiu da máscara para investir na voz e dizer a que veio: ser um dos nossos melhores intérpretes.
Guardadas as devidas proporções (contextuais, principalmente), o mesmo gesto acontece, agora, com Silvia Machete. Depois do mais que merecido sucesso do disco anterior (que rendeu CD e DVD ao vivo), a cantora, cujo epíteto de performática lhe cai como uma luva, quer mostra em Extravaganza (2010) que é mais do que uma entretecedora que canta: e consegue.
Feita nos palcos da vida, e nos picadeiros do mundo, Silvia Machete tem algo que canta nossa alma brasileira (tropical): um misto de timidez (versos em primeira pessoa) e espalhafato (deboche de si): simplesmente mulher. Uma voz feminina que canta, com coração valente, as paisagens femininas (frágeis, ou não).
Mesmo quando canta "Manja de reis", de Jorge Mautner e Nelson Jacobina - canção com teor homoerótico masculino, pela descrição do sexo oral, em que as personagens mudam de lugar durante a canção – a voz feminina Silvia, com malandragem peculiar, sustenta a malícia da cena cantada.
Usando boa palheta sonora e pictural do Brasil, as canções de Extravaganza valorizam bem a altura da voz de Silvia, com letras e melodias que, de certo modo, não deixam o universo circense ficar para trás. É o caso de "Sábado e domingo", de Domenico Lancellotti e Alberto Continentino. A canção trás um acompanhamento de (quase) fanfarra que remete o ouvinte às idas ao circo nos finais de semana.
O cheiro de pipoca paira no ar e nos arrasta (cansados de fazer todo dia tudo sempre igual) para o sábado e domingo do descanso, dos encontros e da recarga de energia. Aliás, ouvir (e assistir) Silvia Machete é recarregar as baterias do motor da alegria.
A metáfora do "desvio de rotina" é usada também para se referir a tempos mais feliz: para além do outono. Passado que, sem demora, retorna alegrando o sujeito da canção. Esperas e saudades se dissipam na certeza da notícia boa.
Resta extravasarmo-nos e torcer para que Silvia não perca de vista seu potencial lúdico e de (auto)ironia: que driblam com safadeza os corações caretas, e outros nem tanto.

Texto publicado no jornal A União-PB, em 17/08/2010

Entre outros, ouvi, vi e li, por estes dias:

= Show Brasileirinho - Comandado pelo Trio Madeira Brasil, com participações de Yamandú Costa, Tereza Cristina, Jorginho do Pandeiro, Marcos Suzano, Zé da Velha, Pedro Miranda, entre outros, o show é o grande encontro do choro contemporâneo. Vale muito a pena curtir o DVD.
= Show Extravaganza (Sílvia Machete) - Afirmação da beleza que é viver.
= Filme Aprendiz de feiticeiro - Booooobo.
= Filme O príncipe da Pérsia - Bons efeitos que remetem ao vídeo game inspirador do filme.
= Peça A loba de ray ban - Forte: o texto é cheio de citações, colagens. Apesar da encenação ser um tanto arrastada.
= Exposição Sérgio Rodrigues: Um designer dos trópicos - Boa amostra do trabalho deste grande artista. Caixa Cultural/RJ até 19/10.

quarta-feira, agosto 11, 2010

Silvia Machete

Silvia Machete
Extravaganza
Teatro Tom Jobim 10/08/2010

terça-feira, agosto 10, 2010

Sexo para ouvir

Desde que Rodrigo Faour verticalizou sua pesquisa (e interesse) sobre canção para o campo do sexo, somos brindados pelo seu ouvido atento, de quem coleciona e come música desde sempre, com raros objetos de desejo. De fato, Rodrigo exerce um papel fundamental e louvável, em um país que teima em esquecer sua história, no caso, sonora.

Depois de ter lançado o imprescindível livro História sexual da MPB, além de apresentar o programa de rádio e a séria de TV Sexo MPB, Rodrigo lança a coletânea de mesmo nome – Sexo MPB – com preciosidades que fazem despertar a libido de qualquer ouvinte afeito ao sabor do gesto cancional brasileiro: dengoso e malandro; solar e passional: tudo junto e agora.

Como a maioria das antologias, Sexo MPB tenta agradar diversos ouvidos e gostos, em uma mistura de ritmos que tem como ênfase o canto da hora da cama: o encontro dos corpos. Por isso, dias cinzentos de outono (as disjunções amorosas) convivem, tête-à-tête, com manhãs de luz (as conjunções afetivas). Aliás, a perspicácia do pesquisar está, justamente, em tornar tão convergentes diferentes miradas sobre as questões do corpo na canção: dar o mesmo tratamento a estilos e formas bem diversas.

As letras picantes e as melodias quentes (cheias de mormaço tropical) atravessam as 30 canções de Sexo MPB estimulando o interesse do ouvinte. Duplo, como dois corpos que se completam (se encaixam), o CD é dividido em “Canções sensuais”, em que o sexo é mais sugerido do que explícito, tratado com certa delicadeza – “Dois pra lá, dois pra cá”, na voz de Elis Regina; e em “Músicas safadinhas”, com o sexo exposto em sua malemolência (os famosos e gostosos “duplos sentidos”) e pletora de alegria – “Só gosto de tudo grande”, interpretada por Marinês, ou “Eu sou o cômico”, na voz de Zenilton; por exemplos.

Energias masculinas, femininas, neutras e demais se misturam e se devoram em uma festa (orgia) de sons e versos no ritmo dos corpos que curtem o barato total das canções. Em tempos de tanta caretice, quando as relações erótico-afetivas são cantadas em um tom que não chegam a afetar a pele das personagens, o trabalho de Rodrigo Fauor, em seu Sexo MPB, aponta que o sexo (a cantada que sanha e arranha o corpo) pede para ser lido, visto e ouvido naquilo que ele é: sexo, simples como fogo.

Texto publicado no jornal A União, em 31/07/2010

Entre outros, ouvi, vi e li, por estes dias:

- Filme Natimorto – Baseado no livro homônimo, um mergulho vertiginoso.
- Filme Toy story 3 – O desempenho e o aproveitamento das personagens são comoventes: muito bem feitos.
- Filme Sex and the city 2 – Um desfile bacana de tipos e modas.
- Filme O bem amado – O clima criado pelo diretor é incrivelmente intenso e pesca o voyeur. Marco Nanini, como sempre, arrebenta.
- Peça O que eu gostaria de dizer – Um espetáculo de ator e diretor. Construções conscientes de personagens.
- Peça Fala comigo como a chuva – Proposta cênica interessante. Mas o texto se perde em atuações confusas.
- Peça Calígula – A entrega de Thiago Lacerda à personagem é surpreendente. Muito além de qualquer expectativa, que, no meu caso, era nenhuma.
- Peça O capitão e a sereia – Linda homenagem aos cavalos marinhos de nordeste.
- Exposição Sergio Rodrigues um designer dos trópicos – Excelente amostra da obra do nosso grande designer de móveis.
- Show TumTumTum (Déa Trancoso) – Confesso que não a conhecia: uma surpresa encantadora, tamanhas simplicidade e competência.
- Show Música de brinquedo (Pato Fu) – A banda conseguiu levar para o palco (trabalho ensandecido) a magia e sonoridades do disco de mesmo nome. Bravo!

domingo, agosto 08, 2010

Pato Fu

Pato Fu
Música de Brinquedo
Teatro Nelson Rodrigues 07/08/2010

quarta-feira, agosto 04, 2010

Encontros Pernambucanos

Isaar
Geraldo Azevedo
Orquestra Filarmônica 28 de Junho
Teatro Nelson Rodrigues 03/08/2010

Mestre de cerimônias
Orquestra Filarmônica 28 de Junho
Isaar
Geraldo Azevedo

segunda-feira, agosto 02, 2010

Ciclo de Conferências

Ciclo de Conferências: Poesia, Letra e Música

3/8 - Antonio Carlos Secchin: "Chico Buarque: a poesia no chão"
10/8 - José Antonio Nonato Duque Estrada de Barros: "Noel Rosa, o letrista"
17/8 - Nelson Motta: "Vinicius e Chico, dois emblemas"
24/8 - José Miguel Wisnik "MPB e Tropicalismos"

ENTRADA FRANCA

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
Av. Presidente Wilson 203, Castelo
Teatro R. Magalhães Jr.
Terças-feiras, às 17h30