Para quem - como eu - teve o imaginário infantil habitado pelas astúcias do fanfarrão Zé Colmeia e seu parceiro, o certinho Catatau, o Filme Zé Colmeia deixa muito a desejar.
O ursão está muito politicamente correto - algo inconcebível para as animações anárquicas criadas por Willian Hanna e Joseph Barbera.
Mas, para além da comparação entre o desenho animado e o filme, há neste sérios erros de adequação nas cenas em que ele interage com os humanos: os olhares não se cruzam, por exemplo, e isso, repetidas vezes ao longo do filme, incomoda.
Aliás, as cenas com a competente Anna Faris são as mais esteticamente desarmônicas: a interação é capenga.
Sim, o mundo está mais chato, mais careta... e talvez isso tenha contaminado o roteiro do filme e a direção de Eric Breving. Infelizmente, parece que Catatau conseguiu por um pouco de juízo na cabeça de Zé Colmeia: basta prestar atenção nas falas deste.
Uma pena, para quem - ao menos na arte - espera poder respirar harmonias possíveis sem juízo final.
sexta-feira, março 11, 2011
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