Além da vida, para um país que teve um médium como Chico Xavier, deixa muito a desejar. Ou seja, sabemos lidar muito melhor com as especulações sobre a espiritualidade.
Crenças a parte, o filme de Clint Eastwood exagera na morosidade. Sim, não há panfletos, e isso, por si, é ótimo. Mas o roteiro dá saltos sem sentido e cria situações forçadas na tentativa unir três histórias díspares.
Obviamente, a cerimônia de despedida de entes queridos e os múltiplos modos de contato com a morte são experiências íntimas e pessoais, porém, a crueza (capital) com que as três histórias condutoras do filme são tratadas incomoda.
Noutras palavras, há o tratamento do espiritual, mas com forte apelo na matéria, como se todos os problemas do espírito tivessem respostas (e gêneses) no físico. Isso, dentro da proposta do filme, é paradoxal, enfadonho (pois tenta se explicar inúmeras vezes: com micro histórias agregadas) e, portanto, pouco funcional no todo.
Matt Damon faz o que pode com seu apático médium e Cécile De France desempenha um papel corriqueiro dentro de uma história confusa.
Ao final, diante da previsibilidade do final, somos tocados apenas pela história dos gêmeos vividos por Frankie McLaren e George McLaren - a trama com real fôlego de Além da vida.
quinta-feira, março 03, 2011
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