Tirando o fato de que o "inimigo" são alienígenas ultra armados e colerizados - aliás, como costumeiramente são representados - o filme Invasão do mundo: batalha de Los Angeles pode ser visto como mais um episódio desses programas de TV que acompanham a rotina de policiais, bombeiros, médicos e tais.
A câmera-personagem reforça esta leitura e entrega o filme desde as primeiras cenas. Além dos momentos de humanização das personagens: como o garoto que perde o pai - um civil capaz de um gesto heróico; as trocas de olhares lânguidos entre Aaron Eckhart (muito bom como o sargento Michael Nantz) e uma bela sobrevivente; e os flashes da vida pessoal de cada personagem.
Criando a tal atmosfera de um registro "documental", o diretor Jonathan Liebesman investe em um filme forjadamente sem roteiro - para o bem e para o mal: como se tudo aparecesse "ao acaso": seguindo o fluxo dos acontecimentos. O que desfavorece o aprofundamento de qualquer ação das personagens, por exemplo. E limita os atores.
Em Invasão do mundo, a lei de ação e reação dita a narrativa. Daí o uso de tomadas longas. E, claro, como não poderia deixar de ser, a glorificação do herói: com direito a câmeras posicionadas abaixo da personagem apontando sua bravura sobre tudo e todos.
Por fim, importa dizer: Invasão do mundo é visualmente interessante: quase monocromático.
segunda-feira, abril 04, 2011
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