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segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Besouro verde

Não há nada pior do que a expectativa. Ela sempre cria certezas que não se confirmam, simplesmente porque nada é como queremos que seja, e sim como são.
Fui assistir a Besouro verde envolvido pelas promessas das imagens alucinantes do trailler, mas bastaram os primeiros 10 minutos do filme para perceber que minhas expectativas não se confirmariam. Sim, eu esperei demais - tomadas eletrizantes, efeitos hipnóticos... - de um filme que não passa do corriqueiro. E olha quem nem fui a fim de - nostálgico - encontrar o besouro verde de outros tempos.
Fui atrás de entretenimento, diversão, desopilação e encontrei um filme chato e cansativo: com efeitos forçadamente feitos para sublinhar o 3D.
Mas dentre os muitos equívocos de Besouro verde, talvez a escalação de Seth Rogen para o papel principal seja o mais gritante. Sempre deixando a impressão de que está interpretando a si mesmo, o que em alguns casos não é de todo ruim, o ator não permite ao expectador perceber as nuances na mudança de comportamento da personagem.
Aliás, há saltos no roteiro que comprometem toda estrutura da história: confundem (no pior sentido) e limitam a fruição.
Mas há Jay Chou. Ele salva o filme.
Enfim, fica o ensinamento de que, como expectador, tenho que aprender (gesto contínuo) a zerar a expectativa.

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