Fui assistir ao curta Filme para poeta cego cheio de expectativas.
Afinal, sou um aficcionado pela poesia de Glauco Mattoso. E todas elas
foram superadas.
De dominador (porque diretor), Gustavo Vinagre se permite ser dominado. Aceita os riscos e as regras do jogo do poeta. Este deslocamento de posição adensa e forja a figurativização do videobiografado Glauco Mattoso, que, por sua vez, poeta, não se deixa fotografar por completo: joga, cria, inventa.
A excelência no uso da câmera fixa e da voz (maior personagem) é de forte potência poética e também reflete, sem deixar de refratar, a persona Glauco Mattoso. No mesmo modo ser-não-ser que só esse poeta saber fazer. Gustavo capta isso e (re)monta o jogador que, em si sabendo vivente de um mundo intolerante, lança a intolerância na cara dos caretas.
De dominador (porque diretor), Gustavo Vinagre se permite ser dominado. Aceita os riscos e as regras do jogo do poeta. Este deslocamento de posição adensa e forja a figurativização do videobiografado Glauco Mattoso, que, por sua vez, poeta, não se deixa fotografar por completo: joga, cria, inventa.
A excelência no uso da câmera fixa e da voz (maior personagem) é de forte potência poética e também reflete, sem deixar de refratar, a persona Glauco Mattoso. No mesmo modo ser-não-ser que só esse poeta saber fazer. Gustavo capta isso e (re)monta o jogador que, em si sabendo vivente de um mundo intolerante, lança a intolerância na cara dos caretas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário