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segunda-feira, maio 14, 2007

Música em cena II & III

II
"No cinema, a música cria uma tensão com a imagem, uma sensação imprescindível”

É com este conceito que Arnaldo Antunes participa de algumas trilhas de filmes, tais como “Benjamim”, “Bicho de sete cabeças”, “Dois perdidos numa noite suja”, entre outras, e por isso foi convidado para se apresentar no Música em Cena – 1º Encontro Internacional de Música de Cinema, no último dia 11 de maio, no Canecão, e dividir a noite de apresentações com André Abujamra, outro fazedor de trilhas e o oscarizado (duas vezes, por: “Brokeback Mountain” e “Babel”) Gustavo Santaolalla e a sua Banda Bajofondo.
A noite começou com o André Abujamra que, contrariando as expectativas, apresentou mais músicas de seu cd, do que as trilhas já produzidas para filmes – como “Domésticas” – tendo como participação especial Paulinho Moska, na vez de interpretar a sua “O Mundo”, sucesso na voz de Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede.
Depois foi a vez do Arnaldo Antunes, artista que, com a mesma qualidade e consciência, consegue transitar por várias linguagens da arte (merecerá muitas outras discussões aqui no blog). Intercalando canções de seu mais recente cd “Qualquer” e canções feitas para filmes, como, além das já citadas, “Mil e Uma”, “Tema de Antônio”, etc. Fiquei particularmen
te feliz por ele ter cantado, com sua voz mono, enfatizando mais o texto do que a melodia, a bela “2 perdidos”: ta fazendo frio / nesse lugar / onde eu já não caibo mais / e já não caibo em mim.

E veio a grande atração da noite, para muitos, o fantástico Gustavo Santaolalla. Foi muito emocionante ouvir o tema de “Brokeback Mountain”, filme que é um divisor de águas pra muita gente, conheço algumas histórias lindas, surgidas a partir deste filme, ou melhor, de suas reverberações, e que abriu discussões mais sérias e efetivas sobre como a arte trata o amor homoerótico. O impressionante é que a trilha é tocada “apenas” pelo Santaolalla, como bem atentou o Carlos, no filme parecia que havia uma orquestra, tão grande é sua competência com o violão.
Marisa Monte foi convidada por ele e cantou “Infinito particular” (...vem cara me retrate / não é impossível / eu não sou difícil de ler / faça sua parte...), entre outras canções.
A noite encerrou-se com a excelente Banda Bajofondo, que tem Santaolalla como líder e integrante, cujo som surge da mistura do tango com música eletrônica.
Uma oportunidade ímpar de ver artistas tão admirados por mim, numa única noite!!!








III

O Música em Cena se encerrou ontem (13/05) com o concerto “A Música do Cinema Brasileiro”, com a Orquestra Petrobras Sinfônica regida por Julio Medaglia (um dos papas do tropicalismo, fazendo arranjos geniais para "Não identificado", "Coração materno", "Domingo no parque", etc), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
No Programa: “O descobrimento do Brasil”, “Orfeu”, “A ostra e o vento”, Dona flor e seus dois maridos”, “Abril despedaçado”, etc.

PS: O Gustavo Santaolalla e outros integrantes da sua Banda Bajofondo estavam lá, assistindo.

3 comentários:

Jefferson Cardoso disse...

Sem comentários Leo! Nem acredito que perdi esse espetáculo! Perfeito!
@br@ço!

Unknown disse...

Faço coro ao Jeff, mais um que perdi.

tecendo a Manhã disse...

poxa leo que sorte hein? Marisa Monte e Arnaldo Antunes? Ele veio fazer um show aqui, mas eu num deu pra eu ir, vc acredita? Bom.. mas ao menos eu vou conhecer o frederico barbosa, né?
hehehehe
bjuss!