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domingo, julho 01, 2012

O Mágico de Oz


Depois de assistir à excepcional montagem de Priscilla, meu nível de exigência com musicais aumentou bastante. É por isso que O Mágico de Oz ficou muito aquém das minhas expectativas.
Com cenários pretensamente gradiloquentes, comprometendo o visagismo, e figurinos fracos - as roupas do bando do Besourão mais parecem as dos bailarinos da Madonna de antigamente, as dos Winkies (feitas de espuma) são fraquíssimas, mas, sem dúvida, o Leão é quem tem o figurino mais prejudicado, sem contar a pobre juba com muderno(?) dread(!) - o espetáculo não vai muito longe do regular.
As atuações exageram no caricatural. Maria Clara Gueiros (Bruxa Má do Oeste / Almira Gultch) é Maria Clara Gueiros, sem tirar nem por; o Leão (Lucio Mauro Filho) presta-se ao riso rápido; e Dorothy (Malu Rodrigues, com boa voz própria de musicais americanos) fica entre a menina enfadada e a patricinha.
No meio disso, se salva a presença de Bruna Guerin (Glinda / Tia Em) e Nicola Lama (Homem de lata / Hickory). Ambos com ótimo trabalho de personagem. Além das coreografias bem executadas.
Entre outros momentos fracos, a cena do redemoinho é reduzida a um jogo já batido de luz e projeções de vídeo e o caminho de tijolo amarelo é explorado de forma confusa diante da saturação de elementos cênicos.
Porém, o maior problema de O Mágico de Oz está no ritmo. Há quebras muito bruscas no andamento, como se a narrativa engasgasse. Não resta dúvida de que é uma super produção, mas talvez esteja também aí o problema: o excesso, o "super" mal resolvido. Uma pena!

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