O espetáculo de dança As canções que você dançou pra mim é cartático: atinge o público naquele lugar onde a vida pulsa: na memória - na sede da individuação. E é exatamente quando assume o viés espetacular que a catarse alcança picos de estesia.
Alex Neoral é o responsável pela difícil, mas prazerosa, tarefa de editar fragmentos de discursos cancionais entoados pela voz de Roberto Carlos ao longo da carreira: as várias fases e faces do rei. E de criar situações que induzam os corpos em cena ao movimento, à dança, à tradução plástica.
E são tantas canções! Muitas reiteram o amor e suas consequências emocionais, físicas. Outras convidam à festa, à vida em coletivo. E a coreografia e direção de Neoral sabe utilizar bem tais conjunções e disjunções.
Além do próprio Alex Neoral, Carol Pires, Clarice Silva, Marcio Jahú, Marisa Travassos, Mônica Burity, Rodrigo Werneck e Thiago Sancho dão vida às personagens – sempre tão próximas dos desejos e dos anseios do público – cantadas por Roberto Carlos, não à toa, considerado rei.
Queira, ou não queira, as canções que Roberto cantou fazem parte de nossa história, estão entranhadas ao nosso imaginário cotidiano. Mais uma dificuldade enfrentada com rigor e sem assombro pelas personagens em cena.
Assim, As canções que você dançou pra mim dignifica a obra de Roberto: mistura diversos registros, de épocas diferentes, em um rodopio cancional propiciado pela mixagem técnica e figurativizado em cena nas gestualidades corporais passionais - enche os olhos e mexe com o coração.
A luz de Binho Schaeffer e o figurino de André Vidal também merecem atenção, pois criam o ambiente-momento-mais-perfeito à movimentação das personagens. Não há um fio narrativo, muito menos temporal. O que impera são os estilhaços, as idas e vindas, perdas e danos de sensações do amor mais que indiscreto cantado pelo rei.
As canções que você dançou pra mim é sensível e cheio de tesão, como as canções que Roberto Carlos cantou e imortalizou em performances vocais inconfundíveis: algumas já esquecidas até pelos fãs mais dedicados e pelos pesquisadores de canção, como eu.
Sem receio de mandar o mais para o inferno, e aqui mora o segredo do espetáculo, a Focus Cia. de Dança recolhe pérolas raras e lugares comuns do rei, para transformá-los em vigor, dança e glória.
E são tantas canções! Muitas reiteram o amor e suas consequências emocionais, físicas. Outras convidam à festa, à vida em coletivo. E a coreografia e direção de Neoral sabe utilizar bem tais conjunções e disjunções.
Além do próprio Alex Neoral, Carol Pires, Clarice Silva, Marcio Jahú, Marisa Travassos, Mônica Burity, Rodrigo Werneck e Thiago Sancho dão vida às personagens – sempre tão próximas dos desejos e dos anseios do público – cantadas por Roberto Carlos, não à toa, considerado rei.
Queira, ou não queira, as canções que Roberto cantou fazem parte de nossa história, estão entranhadas ao nosso imaginário cotidiano. Mais uma dificuldade enfrentada com rigor e sem assombro pelas personagens em cena.
Assim, As canções que você dançou pra mim dignifica a obra de Roberto: mistura diversos registros, de épocas diferentes, em um rodopio cancional propiciado pela mixagem técnica e figurativizado em cena nas gestualidades corporais passionais - enche os olhos e mexe com o coração.
A luz de Binho Schaeffer e o figurino de André Vidal também merecem atenção, pois criam o ambiente-momento-mais-perfeito à movimentação das personagens. Não há um fio narrativo, muito menos temporal. O que impera são os estilhaços, as idas e vindas, perdas e danos de sensações do amor mais que indiscreto cantado pelo rei.
As canções que você dançou pra mim é sensível e cheio de tesão, como as canções que Roberto Carlos cantou e imortalizou em performances vocais inconfundíveis: algumas já esquecidas até pelos fãs mais dedicados e pelos pesquisadores de canção, como eu.
Sem receio de mandar o mais para o inferno, e aqui mora o segredo do espetáculo, a Focus Cia. de Dança recolhe pérolas raras e lugares comuns do rei, para transformá-los em vigor, dança e glória.
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