"As cascas das árvores crescem no escuro / As cascatas a 24 fotogramas por segundo / Os vocábulos iridescem / Os hipotálamos minguam / Tudo é singular", canta a voz de Gal em mim, enquanto volto para casa depois de assistir à peça "Prazer", em cartaz no CCBB-RJ até 02/06/2013.
Em cena, os atores Cláudio Dias, Isabela Paes, Marcelo Souza e Silva e Odilon Esteves ensaiam sobre a trama daquilo que nos dá prazer. No jogo estão traumas, recalques, vontades, desejos, amizade, tesão, miradas no espelho, ..., horinhas de descuido.
É na busca pelo motor da luz, tateando na (in)certeza daquilo que faz o coração bater mais forte que as personagens se aproximam da vida sem liberdade, das alegrias catalogadas, das sombras de saudade do espectador.
Mas nada é tão pesado assim. A predominância da cor preta na cenografia, o barulho de água vazando, os cheiros de comida quentinha sendo feita na hora ampliam a dimensão sensorial das personagens-luz: em cena, Camilo, Isadora, Marcos e Ozório são a maçã (ou seria o limão?) brilhando no escuro.
O prazer como aprendizagem, é o que fica: "Be a bright red rose come bursting the concrete / Be a cartoon heart", canta Cold Play. "uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de", escreve Clarice. "Viver é um desastre que sucede a alguns / Nada temos sobre os não nenhuns / Que nunca viriam", canta Gal.
Um banho de mangueira, uma rodada de pão de queijo, o vigor do amigo, a companhia do outro que de tão diferente é semelhante, sugere a Cia. Luna Lunera, apontando que o prazer se faz da mistura exata de dor e alegria. Viver é "estar descobrindo" o ponto móvel - miami maculelê - dessa mistura.
No fim, mais perguntas: O que eu seria se eu pudesse ser eu? E o que eu posso ser sendo o que sou?
Em cena, os atores Cláudio Dias, Isabela Paes, Marcelo Souza e Silva e Odilon Esteves ensaiam sobre a trama daquilo que nos dá prazer. No jogo estão traumas, recalques, vontades, desejos, amizade, tesão, miradas no espelho, ..., horinhas de descuido.
É na busca pelo motor da luz, tateando na (in)certeza daquilo que faz o coração bater mais forte que as personagens se aproximam da vida sem liberdade, das alegrias catalogadas, das sombras de saudade do espectador.
Mas nada é tão pesado assim. A predominância da cor preta na cenografia, o barulho de água vazando, os cheiros de comida quentinha sendo feita na hora ampliam a dimensão sensorial das personagens-luz: em cena, Camilo, Isadora, Marcos e Ozório são a maçã (ou seria o limão?) brilhando no escuro.
O prazer como aprendizagem, é o que fica: "Be a bright red rose come bursting the concrete / Be a cartoon heart", canta Cold Play. "uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de", escreve Clarice. "Viver é um desastre que sucede a alguns / Nada temos sobre os não nenhuns / Que nunca viriam", canta Gal.
Um banho de mangueira, uma rodada de pão de queijo, o vigor do amigo, a companhia do outro que de tão diferente é semelhante, sugere a Cia. Luna Lunera, apontando que o prazer se faz da mistura exata de dor e alegria. Viver é "estar descobrindo" o ponto móvel - miami maculelê - dessa mistura.
No fim, mais perguntas: O que eu seria se eu pudesse ser eu? E o que eu posso ser sendo o que sou?
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