No cinema, o documentário francês “A Marcha dos Pingüins”, por exemplo, foi o vencedor de um Oscar em sua categoria, contando a jornada para o acasalamento e nascimento da espécie na Antártida.
Há também o exemplo de “Happy Feet”, vencedor do Oscar de melhor filme de animação, com a história de Mano, um pingüim imperador que não sabe cantar, tornando-se O diferente, entre seus semelhantes, mas acolhido num grupo, também de "diferentes", de outra espécie de pingüins.
Uma história verídica aconteceu no zoológico do Central Park,em Nova York. É lá que moram Roy e Silo, dois pingüins machos, juntos há mais de seis anos em uma relação monogâmica e com muito sexo. Os veterinários já tentaram oferecer fêmeas aos dois, mas eles as recusaram e, na falta da possibilidade de um ovo para procriarem, os dois adotaram uma pedra e ambos a chocaram.
Os veterinários decidiram dar-lhes um ovo e após 34 dias, nasceu Tango, uma filhote cuidada com todo carinho pelo casal.Transposta para o universo da arte, “And Tango Makes Three” é o nome do livro baseado nessa história real.
Porém, como nem tudo são flores, pais americanos revoltados fizeram o livro ser retirado da seção infantil da biblioteca de Savannah,em St. Joseph , no estado de Missouri, por sua temática homoerótica que, acreditam tais pais, as crianças pequenas ainda não estão preparadas para lidar.
De qualquer forma, o livro vem sendo bem aceito em outras partes do mundo onde foi lançado e ajuda crianças pequenas a entenderem que a diferença está em todos os lugares, sem exceção. Afinal, como afirma Ken Hanes, no prefácio do seu livro “Guia prático para a vida gay”, “milhões de crianças sofrem terrivelmente porque seus pais, na maior parte dos casos, não sabem nada sobre o fato de alguém ser gay. As verdades sobre a vida gay permanecem fora da esfera de competência da maioria dos pais. E aqueles poucos que têm conhecimento dessa realidade gay quase nunca admitem conversar francamente com seus filhos sobre o assunto.”
É nesta onda que foi lançado aqui no Brasil o livro “Gus & Waldo: o livro do amor”, de Massimo Fenati, com primeira edição publicada na Grã-Bretanha em 2006, traduzido para nós por André Fischer (editor executivo do site Mix Brasil).
A narrativa está centrada na história de amor, entre os personagens-título, ambos cansados de viverem sozinhos. Depois de um furtivo encontro, num shopping, eles não conseguem mais se desgrudar, até que surgem as diferenças entre eles e, com medo de terem chegado ao fim da excitante relação, procuram o Dr. Khama Leão, terapeuta de casais.
Sem dúvida alguma é um inteligente mote para tratar das relações monogâmicas. Pois, em um momento em que o sexo descompromissado com questões mais profundas do Ser parece querer suprir os vazios do Homem contemporâneo, Gus e Waldo, provam, pela contramão dessa onda, que amar pode dar certo e se apaixonar pela mesma pessoa todos os dias e ter por ela o mesmo tesão de sempre é algo possível, mesmo esbarrando nos impasses da nossa vida líquida, desde que os dois queiram e eles querem muito.
Tal mensagem, com uma bela e pontual ilustração, capaz de agradar não só aos infantes, mas principalmente aos adultos mais exigentes, serve para as crianças de todas as faixas etárias, mesmo, talvez principalmente, para as que cronologicamente não são mais crianças.
Há também o exemplo de “Happy Feet”, vencedor do Oscar de melhor filme de animação, com a história de Mano, um pingüim imperador que não sabe cantar, tornando-se O diferente, entre seus semelhantes, mas acolhido num grupo, também de "diferentes", de outra espécie de pingüins.
Uma história verídica aconteceu no zoológico do Central Park,
Os veterinários decidiram dar-lhes um ovo e após 34 dias, nasceu Tango, uma filhote cuidada com todo carinho pelo casal.Transposta para o universo da arte, “And Tango Makes Three” é o nome do livro baseado nessa história real.
Porém, como nem tudo são flores, pais americanos revoltados fizeram o livro ser retirado da seção infantil da biblioteca de Savannah,
De qualquer forma, o livro vem sendo bem aceito em outras partes do mundo onde foi lançado e ajuda crianças pequenas a entenderem que a diferença está em todos os lugares, sem exceção. Afinal, como afirma Ken Hanes, no prefácio do seu livro “Guia prático para a vida gay”, “milhões de crianças sofrem terrivelmente porque seus pais, na maior parte dos casos, não sabem nada sobre o fato de alguém ser gay. As verdades sobre a vida gay permanecem fora da esfera de competência da maioria dos pais. E aqueles poucos que têm conhecimento dessa realidade gay quase nunca admitem conversar francamente com seus filhos sobre o assunto.”
É nesta onda que foi lançado aqui no Brasil o livro “Gus & Waldo: o livro do amor”, de Massimo Fenati, com primeira edição publicada na Grã-Bretanha em 2006, traduzido para nós por André Fischer (editor executivo do site Mix Brasil).
A narrativa está centrada na história de amor, entre os personagens-título, ambos cansados de viverem sozinhos. Depois de um furtivo encontro, num shopping, eles não conseguem mais se desgrudar, até que surgem as diferenças entre eles e, com medo de terem chegado ao fim da excitante relação, procuram o Dr. Khama Leão, terapeuta de casais.
Sem dúvida alguma é um inteligente mote para tratar das relações monogâmicas. Pois, em um momento em que o sexo descompromissado com questões mais profundas do Ser parece querer suprir os vazios do Homem contemporâneo, Gus e Waldo, provam, pela contramão dessa onda, que amar pode dar certo e se apaixonar pela mesma pessoa todos os dias e ter por ela o mesmo tesão de sempre é algo possível, mesmo esbarrando nos impasses da nossa vida líquida, desde que os dois queiram e eles querem muito.
Tal mensagem, com uma bela e pontual ilustração, capaz de agradar não só aos infantes, mas principalmente aos adultos mais exigentes, serve para as crianças de todas as faixas etárias, mesmo, talvez principalmente, para as que cronologicamente não são mais crianças.
5 comentários:
Vi seu recado na pag do Tiago ( tipo bisbilhoteira, rs) e resolvi conferir seu texto. Adorei. Parabens. Beijos
A monogamia existe?! Nem lembrava mais dela ó hohohohoh!
Ótimo texto, com direito a poesia infiltrada:
"mesmo esbarrando nos impasses da nossa vida líquida..."
Bjão, Léo!
Oi Leo, fiquei meio out essa semana. Mas li teu último texto no blog.
Muito interessante os meandros da mãe natureza, hehe! Claro que algo inusitado como esse love affair pingolês só podia ser em New York New York. :D
@br@ço! e bom FDS para tu!
muito bom!!!!!!!!!!
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