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quinta-feira, janeiro 03, 2008

Saudade até que é bom!

Quero comentar neste primeiro texto de 2008 sobre o quanto é bom perceber que, como diz o manjado chavão “o tempo passa”, mas as relações verdadeiras permanecem e sobrexistem a quaisquer distâncias temporais e/ou espaciais.

Estive na Paraíba, meu sublime torrão, extremo oriental e porta do sol deste país tropical, para as festas natalinas. Visitei minha mãe - esteio do meu ser, meu irmão – companheiro de vida, e demais familiares queridos. Além dos meus amigos incríveis, aqueles que são pra vida inteira. É muito bom rever pessoas que sabemos que a “simples” existência e presença delas em nossas vidas significam muito ou tudo para nós. Mesmo o fato de andar pelas ruas e ver rostos conhecidos é ótimo. O sotaque, o jeito paraibano de ser... Pena não ter podido ver todos que eu queria.
Em 2007 falei bastante aqui no blog, enquanto tentava dar minhas impressões sobre a vida ao meu redor, a respeito das relações fluidas da contemporaneidade. Mas é impressionante como na prática só o tempo, compositor de destinos, ensina o que pode e o que não pode ser. A vida na prática é sempre ao contrário do que se supõe.
As vezes a gente chega a desacreditar que relações afetivas sejam ainda possíveis, diante de tantas superficialidades, máscaras e violências. Mas não, mesmo que seja apenas no nosso universo particular, sei e acredito que o amor é real, nas diversas expressões. Apesar do sentido do termo ter se desgastado diante do mau uso.
Nada supera a imagem de minha mãe e meu irmão ao me recepcionarem, e depois ao se despedirem, no aeroporto. Nada tem mais calor que o abraço nos sinceros amigos. E também nada vale mais do que voltar para o Rio e receber o abraço daquela pessoa que eu escolhi, e que me escolheu também, como cúmplice do dia-a-dia.
A gente só leva da vida as relações que criamos, cabe a nós decidir que tipos teremos. Eu tenho felicidade das que criei, elas me alimentam.
Voltar àquelas paisagens, onde as acácias explodem em amarelo, e sentir que outrora eu era dali e agora sou estrangeiro, forasteiro do que vejo e ouço, faz-me refletir sobre o sentido de muitas coisas e sentimentos. Sobre o quanto damos importância para situações que não merecem e o avesso disso, por exemplo.
As vezes, o distanciamento lança luz às coisas da vida. Está tudo aceso em mim e estou cada vez mais ligado ao presente, à medida que percebo e compreendo as coisas todas ao redor. É muito bom retornar e perceber que nada ficou pendente. Tudo está no devido lugar. Aprendo a viver os dias, apenas um de cada vez. Isto pra mim é viver. Viver o presente é saber, entre outras coisas, entrar e sair de tudo na hora certa, sem correr o rico de magoar seja a quem for, nem a mim mesmo.

Sim, começo este novo ano com saudade de todos, mas em paz por estar de volta ao meu aconchego. Saudade até que é bom, é melhor que caminhar vazio. Aos que estão lá, onde nasci, me criei e sempre tive inspirações, afirmo apenas que seguirão bem dentro de mim, como um São João sem fim, queimando o sertão.
É isso, o Rio de Janeiro continua lindo. A vida continua - ela sempre continua, cabe a nós decidir como – e mais um novo ano, com muitas realizações, está só começando. Que em 2008, possamos entender que o tempo escorre num piscar de olhos e dura muito além dos nossos sonhos mais puros. Que o bom é não saber o quanto a vida dura, ou se estaremos aqui na primavera futura. Para assim, podemos brincar de eternidade agora, sem culpa nenhuma.
Todo dia é dia, toda hora é hora de saber que cada vez que damos um passo o mundo sai do lugar.
Felicidade Urgente para todos nós!

10 comentários:

Anônimo disse...

Leozinho do meu coração...
Divino....

A saudade tb já me acometeu, mas foi um tempo singular o q vc nos proporcionou. O amo sempre pq me traz uma amizade singela, simples, verdadeira e recheada de palavras.
Sempre, Divino, no meu coração.

Unknown disse...

Maravilhoso te rever, amigo! Vc é daqueles que quero manter para sempre em minha vida!

Alessandra disse...

Oi Léo,
Fiquei sabendo do seu breve retorno... pena não ter podido te reencontrar... fiquei muito feliz pela sua aprovação no mestrado!!! Torço por você sempre... bjs

Unknown disse...

Léo, como já disse antes, fiquei com raiva em não ter a oportunidade de te ver nessa breve visita...
Entretanto, aguardo outros retornos do meu amigo-poeta à nossa terra. saudades!

Anônimo disse...

Emocionante Leo!
Que pena que não deu para nos vermos. :(
Mas o seu texto reconfortante é equivalente a um papo tranqüilo e
acalentador contigo.

Anônimo disse...

Oi Léo!

Meu querido me desculpe não ter ir te ver, afinal sua passagem foi "meteórica" pela nossa cidade...

Que 2008 seja um ano repleto de realizações pra você, querido e parabéns pelo mestrado!

Grande beijo!!!

Anônimo disse...

Li e gostei muito do que escreveu,já que traduz o amor pelo seu torrão e por todos aqueles que o conhecem. Fico feliz em saber que você finalmente encontrou o seu destino e alguem para compartilha-lo,que seja feliz.
Deus o abençõe e derrame sua luz sobre seu caminho neste novo ano de forma que você consiga viver maravilhosamente bem. Um beijo.

Anônimo disse...

eu aqui!!! so pra te "ler"... e te dizer:
Eu só quero que você se encontre
Ter Saudade até que é bom
É melhor que caminhar vazio
A esperança é um Dom

Quem mandou vc ir correndo assim? Acredito q vc deixou sua mae, seu irmao e tds de la com gostinho de "quero mais".
Mas valeu ter voltado, ne? Esse aconchego q vc ja tem por aqui tambem te completa, eu sei...
Beijao enorme pra vcs, saude e paz!

Letricidade disse...

oi Léo,que texto bonito!!! Parabéns pelo mestrado. bj
renálide

Anônimo disse...

leo, achei muito legal o texto sobre sua vinda p JP!
vc expressou fielmente o q tb senti.
estarei de volta p SP domingo agora.. e a saudade jah se instalou !!!!
um abracao p vc.
um otimo 2008