Desde que cheguei ao Rio, (novembro/2006) já assisti a dois shows do Caetano. O primeiro foi dia 19/12/2006, no Circo Voador, e a segunda foi dia 20/01/2007, no Morro da Urca (Noites Cariocas).
No Circo ficamos, Carlos e eu, longe do palco, mas num lugar que rendeu uma visão privilegiada e boas fotos. Já no Noites Cariocas, ficamos no gargalo, no pé do palco, de frente pro gol - Fantástico! Também rendeu fotos incríveis!
Na turnê de Cê, Caetano divide o palco com os músicos que gravaram com ele o recente disco de mesmo nome: Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo e piano) e Marcelo Callado (bateria), ambientados pelo cenário de Hélio Eichbauer, com um móbile de tocos de madeira coloridos e pendurados no alto, um para cada músico (seriam acentos agudos ou referências fálicas?), além de cordas cuja apresentação nos lembra tanto um sorriso, ao fundo do palco, como o biquíni de uma menina, compondo um visual sexual e impetuoso.
O animado público do Noites Cariocas foi ao delírio quando ele relembrou músicas de trabalhos antigos. Já o público do Circo, como era de se esperar, permaneceu aceso durante todo o show, muitos cantaram junto até as canções do recente trabalho do cantor.
Apesar do show, exatamente como o CD que foi lançado há pouco mais de três meses, ter o rock como abordagem principal, é clara as referências a Bob Dylan, Raul Seixas e Rita Lee, há também espaço para o samba – com “Musa híbrida”; o frevo – com “Chão da Praça”, de Moraes Moreira e Fausto Nilo; balada – com “Como dois e dois”, etc e tal.
Pra mim, fã e pesquisador da obra caetânica, foram duas doses de puro encantamento.
Por fim, ficou a certeza de que doses caetânicas nunca são demais, seja lá onde elas forem apreciadas.
No Circo ficamos, Carlos e eu, longe do palco, mas num lugar que rendeu uma visão privilegiada e boas fotos. Já no Noites Cariocas, ficamos no gargalo, no pé do palco, de frente pro gol - Fantástico! Também rendeu fotos incríveis!
Na turnê de Cê, Caetano divide o palco com os músicos que gravaram com ele o recente disco de mesmo nome: Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo e piano) e Marcelo Callado (bateria), ambientados pelo cenário de Hélio Eichbauer, com um móbile de tocos de madeira coloridos e pendurados no alto, um para cada músico (seriam acentos agudos ou referências fálicas?), além de cordas cuja apresentação nos lembra tanto um sorriso, ao fundo do palco, como o biquíni de uma menina, compondo um visual sexual e impetuoso.
O animado público do Noites Cariocas foi ao delírio quando ele relembrou músicas de trabalhos antigos. Já o público do Circo, como era de se esperar, permaneceu aceso durante todo o show, muitos cantaram junto até as canções do recente trabalho do cantor.
Apesar do show, exatamente como o CD que foi lançado há pouco mais de três meses, ter o rock como abordagem principal, é clara as referências a Bob Dylan, Raul Seixas e Rita Lee, há também espaço para o samba – com “Musa híbrida”; o frevo – com “Chão da Praça”, de Moraes Moreira e Fausto Nilo; balada – com “Como dois e dois”, etc e tal.
Pra mim, fã e pesquisador da obra caetânica, foram duas doses de puro encantamento.
Por fim, ficou a certeza de que doses caetânicas nunca são demais, seja lá onde elas forem apreciadas.
Em tempo: Caetano Veloso, na turnê Cê (2006), homônima de seu mais recente disco, lançou a inédita “Amor mais que discreto”. Na canção, que não está no disco, é sugerido um amor não consumado e quase doído que um Eu masculino, mais velho, segreda a um Outro masculino, mais jovem, além de dialogar parodísticamente com a canção “Ilusão à toa”, de Johnny Alf. É Caetano mais uma vez com sua mania de lançar mundos no mundo!
AMOR MAIS QUE DISCRETO
Talvez haja entre nós o mais total interdito
Mas você é bonito o bastante
Complexo o bastante
Bom o bastante
Pra tornar-se ao menos por um instante
O amante do amante
Que antes de te conhecer
Eu não cheguei a ser
Que antes de te conhecer
Eu não cheguei a ser
Eu sou um velho
Mas somos dois meninos
Nossos destinos são mutuamente interessantes
Um instante, alguns instantes
O grande espelho
E aí a minha vida ia fazer mais sentido
E a sua talvez mais que a minha,
Talvez bem mais que a minha
Os livros, filmes, filhos ganhariam colorido
Se um dia afinal
eu chegasse a ver que você vinha
E isso é tanto que pinta no meu canto
Mas pode dispensar a fantasia
O sonho em branco e preto
Amor mais que discreto
Que é já uma alegria
Até mesmo sem ter o seu passado, seu tempo
O seu antes, seu agora, seu depois
Sem ser remotamente
Sequer imaginado
Por qualquer de nós dois
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